quarta-feira, junho 10, 2009

Anedota? Não, realidade!


Ao darem a alta ao meu marido, nesta ultima segunda feira, foi-lhe receitado vários medicamentos, uns já nossos conhecidos outros nem por isso. E é aqui que o fado começa. Um dos medicamentos novos de nome Dexametasona, da família dos Corticóides, não se encontra à venda nas farmácias como vem prescrito na receita!
Depois de comunicar ao Hospital de Santa Maria o problema, fomos informados que o doente não poderia interromper o tratamento e que por esse motivo nos dirigíssemos ao Hospital mais próximo da residência e fizéssemos o pedido. O Hospital das Caldas da Rainha tudo fez para resolver o problema, mas o medicamento não aparecia por obra e graça do Espírito Santo nas farmácias do Concelho, nem na farmácia do hospital. Se houvesse a dosagem era muito mais baixa, 10 comprimidos para a dose da ampola receitada, 2x por dia, custa mais ou menos 25€ por caixa, incomportável para qualquer bolsa. E nem estava em armazém, só mandando vir e estamos a meio de 2 feriados. Entre telefonemas para Santa Maria, pneumologia, sem resultados práticos, antes pelo contrário, conversas sem utilidade alguma, idas e vindas das farmácias perto e longe de casa, sempre com o mesmo resultado, do medicamento nem sombra.
Hoje, feriado, mais uma tentativa ir à fonte pedir ajuda. Logo pela manhã lá fomos nós ao hospital da capital, na esperança da resolução do problema. Pois... o simpático enfermeiro de serviço em pneumologia, recambiou-nos para a farmácia do Hospital, a tal que foi inaugurada à pouco tempo pelo Senhor Primeiro Ministro e respectivo executivo. Nada! O medicamento só existia em comprimidos e noutra dosagem muito mais fraca, como já nos tinha sido informado noutras farmácias. Em ampolas só na Farmácia do Hospital. Nova excursão pelos corredores, elevadores do infindável Hospital de Santa Maria! Eu de sandálias de verão, pouco usadas, novas bolhas, mas nem a dor me fez parar, lá em cima no 9º andar nova explicação. Mas desta vez eu não dei hipóteses de não me ajudarem. Depois de perguntar a importância do dito medicamento e de me terem dito que era imprescindível a sua administração ao doente, eu pedi, exigi até, que me fosse dado algumas ampolas até eu as arranjar cá fora ou o médico do meu marido mudasse a medicação. Depois de alguma conversa e de um dialogo bastante interessante, entre mim, o meu filho e vários enfermeiros daquele piso, lá conseguimos que nos facultassem algumas ampolas.
De regresso ao Oeste, com o valioso pecúlio, começámos finalmente e ao fim de 3 dias o tratamento, que segundo os profissionais de saúde no caso envolvidos não poderia ter sido interrompido nem por um só dia.
Assim vai a nossa saúde Sra Ministra Ana Jorge.

3 comentários:

Anônimo disse...

Como é possível um médico receitar um medicamento, nessas circunstâncias, sem se certificar (ou mandar fazê-lo) se existe o que ele pretende?
Como é possível que as farmácias não tenham o medicamento e não providenciem o seu fornecimento?

O primeiro ministro inaugurou há pouco tempo a farmácia do Santa Maria, mas talvez não tenha dado verba e/ou instruções para o bom funcionamento da mesma.

José Sócrates passa férias de luxo e os doentes são tratados abaixo de cão.
Ana Jorge diz que é uma espécie de ministra da saúde mas tem problemas de visão.

Franky, só falta dizerem-te para fazeres racionamento das ampolas.

Tristeza!!!

Franky disse...

Claro que está racionado! É só o suficiente para chegar até dia 18 de Junho que é dia de consulta!! Uns com tanto outros com tão pouco. Tristeza de vida, podes crer. Vive-se no limiar de quase tudo.

Elvira Carvalho disse...

Realmente não se percebe. Quando há medicamentos, não há médicos, quando há médicos não há medicamentos.
E como está o Rui?
Um abraço e que Deus vos ilumine