Sábado é dia de Cozido à Portuguesa, pelo menos cá em casa! Recebe-se a família e conversa-se à mesa sobre mil e um assunto, enquanto se vão deglutindo o apetitoso manjar. O cozido é preparado de véspera, as carnes para o cozido são compradas de encomenda no talho que nos fornece habitualmente, aqui mesmo na terra e são extremamente seleccionadas para que o sabor, o paladar, o cheiro e até a cor nos proporcionem um óptimo momento de confraternização. Alinhadas estão as carnes de vaca, porco (entrecosto, toucinho e chispe) e frango, orelha cozida, duas variedades de chouriço de carne e de sangue (vinagre), farinheira, arroz (cozido com a água de um dos chouriços de sangue), feijão branco, couves lombarda e portuguesa, cenoura, batata, nabo. "O grande segredo deste prato é cada ingrediente ser cozido nos seus sucos". A verdura que compõe este prato também deve ser extremamente escolhida, a couve Portuguesa, as cenouras, as batatas, devem ser frescas e tenras é essa a minha principal exigência. Colhidas de véspera numa das hortas aqui do Oeste, agricultura biológica, sem produtos químicos, só água e o amor de quem sabe. Com calma vai-se preparando o almoço que deverá ser bem regado com um bom vinho do Oeste. A laranja deverá estar presente na mesa para dar o toque final para que tudo esteja perfeito. No final uma ginjinha d’Óbidos Há muito tempo que não fazíamos estas reuniões de família. A pouco e pouco as coisas vão voltando ao normal por aqui.
"Apenas a letra ‘B’ era visível. O restante estava borratado, na etiqueta colada com autocolantes no receptáculo onde se encontravam os restos dos medicamentos. O funcionário da farmácia não confirmou o nome e trocou a embalagem. Resultado: os médicos, que pediram alguns miligramas de bevacizumad (a substância activa do Avastin) para tratar as infecções oculares dos seis doentes que estavam no Santa Maria, usaram um medicamento cujo produto activo é utilizado como substituto da quimioterapia. Trata-se também de um citotóxico, mas tem um efeito visicante. Ou seja, destrói as células fora dos vasos sanguíneos".
Como é possível isto acontecer nos nossos dias onde a vigilância e segurança no trabalho deveria estar assegurada? E como vão viver estas pessoas o resto das suas vidas? A quem pedir responsabilidades? Como é possível ser só uma pessoa a preparar o medicamento na farmácia hospitalar e não existir nenhuma equipa que supervisione todos os medicamentos que de lá saíam? E a equipa médica no bloco operatório? Conviver com a cegueira é das piores coisas que nos pode acontecer, por mil e uma razão isso pode suceder, mas por culpa directa de alguém deve dar uma raiva muito grande. Quero deixar aqui um grande abraço de solidariedade para com aqueles que estão a passar por tudo isto, de quem sabe e sofreu na pele o que é conviver com a cegueira.
Pelo direito à indignação!! Sinto vergonha que um ser humano se comporte como esta mulherzinha se comportou. Vêm de visita a Portugal, fazer " reportagens", dizem, levam a nossa simpatia em bandeja de prata e em troca chamam-nos burros e porcos. Esta mulher não existe, porque ofende todas as mulheres do mundo, com a sua falta de dignidade e inteligência. No mínimo o Governo Brasileiro deveria pedir desculpas ao Governo Português e a todos os portugueses.
Já existe umaPetiçãoOneline com um pedido de desculpas ao povo Português e a toda a sua história!
Neste fim de tarde, o Bombarral foi assolado por forte trovoada, muita chuva e vento forte! Como já é habito mal caí dois pingos,por aqui ficámos logo sem electricidade, hoje foi durante quase 3 horas! Desta vez nem os telemóveis nos salvaram. Isolamento total. Nunca ficamos a saber porque é que estas coisas acontecem e o tempo que demoram a ser resolvidas. Mas que chateiam, chateiam. Tanto político a prometer montes de coisas por esta altura e não há um que prometa uma rede eléctrica nova para o Bombarral. Eu votava nele, juro.
Era Outono, 5 de Outubro, quando o meu pai partiu, tinha 57 anos. Muitos mais anos poderia ter vivido perto de nós e muita falta nos fez durante muitos mais anos. Era um homem da província, educado, culto, inteligente e bonito. No seu coração trazia sempre o Alentejo! As lembranças da planície ondulante amarela de ouro e o casario branco embalavam as fraquezas do homem na cidade. O meu pai tinha o Alentejo na alma. E só o abandonou porque outros homens assim quiseram. Abalou do Alentejo com o desgosto no rosto e na voz. Nunca o esqueceu. Não poderia. Era como deixar o passado e uma vida. A cidade é muito bonita, mas não para mim, dizia ele. Nunca se adaptou à loucura da capital. O movimento frenético de Lisboa, este medo de que amanhã já não é dia, complicava-lhe o sistema nervoso. A doença nos últimos anos tinha-o deixado debilitado, fraco, adoentado.E um dia, neste dia 5 de Outubro, de repente desligou-se da vida, como se um "clic" tivesse soado. Li não sei onde que “não cai uma folha sem que lhe seja chegado o momento”! Nesse Outono, 5 de Outubro, chegou a vez de ele partir, já foi à muitos anos, mas é esta saudade que teima em ficarem mim. Onde quer que ele esteja é Alentejo de certeza.
"Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e o as estruturas do PRP (Partido Republicano Português).
Na tarde do dia 5 foi proclamada a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa, por José Relvas.
Apesar de alguma resistência e de alguns confrontos militares, o exército fiel à monarquia não conseguiu organizar-se de modo a derrotar os revolucionários. A Revolução saiu vitoriosa, comandada por Machado dos Santos.
O último Rei, D. Manuel II, partiu com a Família Real para a Inglaterra, onde ficou a viver no exílio"