quinta-feira, abril 30, 2009

Atentado na Holanda!!




Choque deliberado causa quatro mortos em desfile na Holanda

O despiste de um carro que atingiu deliberadamente uma multidão causou quatro mortos e 13 feridos na Holanda durante um desfile para celebrar o Dia da Rainha. Entre a assistência estava a rainha Beatriz e a restante família real, mas nenhum membro desta sofreu ferimentos.

O incidente ocorreu na cidade de Apeldoorn, a cerca de 90 quilómetros de Amesterdão e foi deliberado, confirmaram fontes oficiais citadas pela AFP. As estações de televisão mostraram o carro a avançar a grande velocidade, mesmo depois de ter atingido os espectadores, antes de embater num monumento.

Segundo os meios de comunicação social holandeses, quatro pessoas perderam a vida e pelo menos 13 pessoas ficaram feridas, cinco das quais em estado grave.

"Temos boas razões para pensar que se tratou de um acto deliberado", disse um responsável da polícia, L. Goosens, citado pela AFP. "Não há indicações de que se trate de terrorismo", acrescentou.

De acordo com a BBC, o objectivo era atingir a família real que se encontrava num autocarro. O condutor, de 38 anos, foi hospitalizado e detido. As autoridades cancelaram as outras actividades do programa oficial.

domingo, abril 26, 2009

A GRIPE SUíNA!!

Portugal alerta contra surto da gripe suína


Organização Mundial de Saúde diz que situação é muito grave, com dezenas de mortes no México. Gripe a lastra aos EUA. Em Portugal, a DGS pede aos médicos testes em caso de suspeita.

Portugal mantém-se em alerta, face ao "potencial risco pandémico" de um novo vírus da gripe suína, que já provocou dezenas de mortes humanas no México, com cerca de mil infectados, e progrediu para os Estados Unidos, numa situação ontem considerada "muito grave" pela Organização Mundial de Saúde. Em Portugal, as autoridades alertam para que os casos suspeitos em Portugal sejam examinados em laboratório.

Os serviços da Direcção-geral de Saúde reuniram-se ontem, de emergência, para definir as directrizes para os médicos, mesmo que, garantem, "não existe até ao momento conhecimento de casos em Portugal".

Classificados como casos suspeitos de infecção pelo vírus H1N1, a carecer notificação imediata, estão as infecções respiratórias de início agudo, com febre alta, em doentes que tenham estado na zona afectada nos últimos dez dias ou tenham mantido contacto próximo com pessoa engripada proveniente do México, Estados Unidos, ou Canadá, onde também já são conhecidas situações.

De acordo com o comunicado ontem emitido pela DGS, todos os casos de síndroma gripal suspeitos devem ser confirmados laboratorialmente e comunicados ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. E, nos mesmos casos, os profissionais de saúde devem utilizar medidas de protecção individual, como máscaras.

Todos os cuidados são poucos, porque, como referiu ontem a directora-geral da OMS "trata-se claramente de um vírus animal que se transmitiu ao Homem e isso tem um potencial pandémico, porque está a afectar pessoas". Margaret Chan disse que, apesar de ainda ser cedo para afirmar se vai ocorrer uma pandemia, a situação "está a evoluir muito rapidamente", sendo o grupo mais afectado o dos jovens adultos saudáveis, que habitualmente não tomam vacinas para a gripe. Nos EUA foram identificados oito casos.

O vírus em causa é de gripe A, designado como H1N1, contendo no seu ADN uma mistura até agora desconhecida de vírus aviários, suínos e humanos, incluindo elementos dos vírus suínos europeus e asiáticos, explicou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). A vigilância da gripe tem sido intensificada desde 2003, quando a gripe aviária H5N1 reapareceu na Ásia. Desde então os especialistas temem que essa ou outras variedades possam desencadear uma pandemia capaz de provocar milhões de mortes. A DGS assegura que está a acompanhar a situação e em contacto com a OMS, em Genebra e o Centro de Controlo de Doenças, em Estocolmo.


sábado, abril 25, 2009

Onde estava eu no 25 de Abril?

Onde estava eu no 25 de Abril de 1974?

Em Lisboa, no meio da Revolução. Sem saber o que era a Liberdade.
Eu não tinha mais de 20 anos. Era pouco mais do que uma menina, mas já carregava comigo a esperança de um Abril novo. Levava comigo o murmúrio das palavras faladas em surdina no quarto do meu pai. Ouvia a rádio! A rádio Argel com a “Voz da Liberdade” estava no ar. As palavras de Manuel Alegre faziam com que a esperança renascesse em cada noite escura. Para que não morre-se a esperança no coração dos homens.
Chegou Abril de mansinho pela madrugada daquele dia 25 de Abril de 1974, depois do Adeus, os passos dos soldados marcavam o compasso para a canção dolente de Grândola Vila Morena. Depois daquela madrugada, Lisboa encheu-se de povo, de gente anónima que queria fazer Abril também. Eu estava lá, no meio da revolução, nas ruas da minha cidade. Eu chorei de alegria e abracei os soldados que nos ofereciam a paz na flor de um cravo vermelho, com que enfeitavam as pontas das baionetas. Nunca tínhamos sido tão livres. Não havia interesses, não havia invejas, nem ódios, nem ganâncias. Éramos puros como crianças. Éramos amigos. Já podíamos falar de tudo, dizer de tudo. Tínhamos mudado o mundo. O nosso mundo. Não havia retorno. Olhávamos os outros nos olhos, de frente, sem medo. Éramos finalmente Livres.

Há 35 anos tudo era diferente.

Há 35 anos eu não votava.

Há 35 anos eu não podia fazer parte de nenhum partido político.

Há 35 anos eu não podia sair à noite sem autorização do meu pai.

Há 35 anos eu não podia sair do país sem autorização do meu pai ou do meu marido.

Há 35 anos eu não podia fumar, sem ser apelidada de mulher perdida.

Há 35 anos eu não me podia divorciar.

Há 35 anos eu não podia ser actriz ou cantora, pintora ou bailarina.

Há 35 anos eu não podia ir a um bar, uma discoteca, ao cinema.

Há 35 anos eu não podia abortar, ser dona do meu corpo.

Há 35 anos eu não podia falar em público, reclamar, protestar.

Há 35 anos eu não podia ser simplesmente mulher.

Há 35 anos eu não tinha um blog e não podia escrever a palavra sentida.

Tudo o resto, tudo o que hoje somos é erro e culpa nossa. Acomodámo-nos ao bem adquirido e adormecemos à sombra da herança. Não votamos, porque não nos apetece sair à rua, porque é feriado em dia de eleições e há mil e muitas outras coisas para fazer, e já votámos tantas vezes, que já não vale a pena, respondemos, desalentados. Não vale a pena, encolhemos os ombros, indiferentes. Ignoramos o apelo, dos que ainda vão insistindo, para que o façamos.
Nós fazemos a democracia, aceitando e votando nos partidos que elegemos. Não podemos permitir novamente a arrogância política, a indiferença dos que tudo podem, o desemprego, a fome, a falta de saúde, de habitação e de educação.
Abril deu-nos as armas para poder lutar. Não podemos desistir.

Pedro Barroso!



Para ouvir numa tarde de Abril!

sexta-feira, abril 24, 2009

Recordações de ABRIL



Naquele dia, 25 de Abril de 1974, abriram-se as portas para que eu hoje pudesse ter e escrever num blog.

Abril SEMPRE!

quinta-feira, abril 23, 2009

Otelo Saraiva de Carvalho!

Otelo Saraiva de Carvalho promovido a coronel

O Governo aprovou a promoção do tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho a coronel ao abrigo da lei que estipula a reconstituição de carreiras, disse hoje à Lusa fonte do Ministério da Defesa.


Face a esta promoção, Otelo Saraiva de Carvalho vai receber uma indemnização de cerca de 49.800 euros, em "conformidade com o artigo 4 do Decreto-Lei 197/2000".


Perante estas notícias, Otelo reagiu assim:

Coronel (?) Otelo Saraiva de Carvalho

Otelo Saraiva de Carvalho admite recusar a promoção de coronel e pode processar o Estado. O capitão de Abril Otelo Saraiva de Carvalho afirmou hoje sentir-se injustiçado com a promoção a coronel ao abrigo da reconstituição das carreiras cuja progressão foi prejudicada pelo 25 de Abril, e admitiu recusar a distinção e pôr o Estado em tribunal.
"Para já, estou a pensar seriamente em recusar esta promoção e os 48 mil euros. Recuso, assim não, não quero", declarou Otelo, em Almalaguês, Coimbra, onde participou num debate com alunos do ensino secundário sobre os 35 anos do 25 de Abril.
Otelo Saraiva de Carvalho recusa o que classifica de "aparente benesse política" e frisa que o seu caso "não se aplica à reconstituição de carreiras".
"O que eu quero é que a minha instituição, com uma portaria assinada pelos ministros da Defesa e das Finanças, reponha a verdade perante os factos, não há aqui benesse nenhuma por parte do Estado, é um direito que me assiste e reclamo", frisou.
O capitão de Abril afirma que "não se sente, de facto, recompensado por esta aparente abébia que dada pelo Governo" e fala numa "injustiça muito grande" para com ele.

"Esta aparente benesse que me é dada pelo Governo é completamente falseada, aceito isto muito mal, não concordo com isto. Há aqui uma injustiça muito grande em relação a mim", disse.
Otelo Saraiva de Carvalho disse que está a pensar "arranjar um advogado que resolva lutar" com ele pelos seus direitos. "O Provedor de Justiça, que está em banho-maria, à espera de ser rendido, já pensei ir ao Provedor de Justiça, ao Tribunal Europeu", acrescentou.
Otelo Saraiva de Carvalho entende que o seu caso "não tem nada a ver com a reconstituição de carreiras" e frisa que, a partir do momento em que foi ilibado do processo das FP-25 deixou de estar na situação de "demorado" e, como tal, deveria ter sido logo promovido pela antiguidade.
"Vou ver se ponho, com um advogado, uma acção contra o Estado, o que não queria, nunca mexi em nada que pudesse prejudicar o prestígio da minha instituição, do Exército, mas tenho de reagir de alguma forma", afirmou.
Otelo reclama a promoção de tenente-coronel a coronel por antiguidade, com efeitos a 1985, altura em que os oficiais do seu curso terão sido promovidos àquele posto. "No final de Setembro de 2003 fiquei completamente ilibado de quaisquer acusações referentes ao processo das FP-25. A partir daí, legalmente, pelo Estatuto das Forças Armadas, devia ter sido promovido a coronel no dia seguinte, reportando a minha antiguidade e com efeitos retroactivos, em termos de vencimentos, a 1985", declarou.

Um Livro! Todos os Livros

O Labirinto da Saudade

O tradicional grito de “pouca sorte”

A célebre mentalidade milagreira portuguesa procede desta situação, em si não insólita, mas aberrante pela extensão e o tempo em que se prolongou. O resultado, o imediato gozo que proporciona, independentemente do esforço com que se alcança, equivalem “à graça” ao “milagre” que num segundo restaura a ordem d
o mundo até aí desfavorável. A imprevidência histórica de que várias vezes demos provas desde Alcácer-Quibir até à Descolonização, a eterna surpresa que sublinha as catástrofes mais evitáveis, o nacional grito de “pouca sorte” com que comentamos os desastres que nós próprios elaborámos por inércia ou confiança infinita nas boas disposições da Providência, são só alguns dos aspectos com que mais brutalmente se manifesta a nossa riquíssima mentalidade de pobres milionários por direito divino. Tutti principi, como na Itália, onde tão comum “commedia dell’ arte” social serve, felizmente, para ninguém se tomar a sério como tal, o que não é o nosso caso, de gente que a bem dizer não visa mesmo “ser rico” responsabilizando-se nessa situação, mas apenas não ser tão pobre como o vizinho e suplantá-lo. É a função e o conteúdo formal da riqueza que importam, não a objectiva e tranquilizante vontade de poderio que ela assegura. O comportamento sinistramente ostentatório e bárbaro que William Beckford notou na nossa aristocracia portuguesa que frequentou, não tinha mais função que a de se extenuar na pantagruélica exibição da sua diferença em relação ao comum povo esfomeado. Essa gente que era a nossa “nobre gente” não celebrava nenhum ritual de posse ou gozo feliz da sua existência, mas afirmava apenas, para o exterior, a satisfação vil de um privilégio. Esta aristocracia não estava em condições mínimas de fazer um uso humano do abuso económico e social que representava. A função de aparato e de aparência esgotava toda a sua realidade por não haver no espaço social português termo algum de comparação que pudesse constituir uma crítica implacável desse estilo de vida sem objecto próprio, pois a Corte, imobilista e grotesca, também o não exemplificava.

Eduardo Lourenço

quarta-feira, abril 22, 2009

Dia da TERRA!



"A Terra é um planeta girando no espaço e se forem esgotados os seus recursos, indispensáveis à subsistência humana, não haverá como repô-los".


A TERRA é um bem que a todos diz respeito. Pensemos nisso, hoje e todos os dias!

sexta-feira, abril 10, 2009

Páscoa Feliz e doce!

Este ano a Páscoa trouxe-me algumas amêndoas bem amargas, mas como existe sempre algo de bom à nova volta, deixo umas amêndoas doces e desejo uma Páscoa Feliz a quem por aqui passar.
Beijinhos doces.


terça-feira, abril 07, 2009