terça-feira, fevereiro 10, 2009
À lareira
Hoje, depois de estar "largas horas" a tentar acender a lareira, finalmente, para regozijo dos meus gatos que esperavam ansiosos o fim do meu árduo trabalho, pudemos sentar-nos todos tranquilamente em frente ao lume e saborear estes raros momentos.
Não foi fácil esta tarefa, a lenha estava molhada, eu tinha poucas pinhas, enfim, nada que depois de muito trabalho, algumas descidas e subidas para ir à garagem buscar mais lenha, algumas pinhas que por lá restavam, afinal pude desfrutar um pouco do calor reconfortante, de ler um bom livro e olhar o crepitar das chamas. Este calor que aquece a alma da gente. Esta paz que envolve os meus dias e me deixa adormecida, à espera nem eu sei bem de que. Esquecer o mundo só por alguns momentos. Foi uma boa prenda de anos. Fiquei feliz! Lembrei-me então deste poema de Yeats e resolvi dividi-lo com vocês.
QUANDO FICARES VELHA
Quando ficares velha, grisalha
E te aqueceres à lareira, pega neste livro
E lê-o devagar, sonha com o olhar meigo
E com as sombras profundas outrora nos teus olhos;
Quantos amaram os teus momentos de feliz encanto
E a tua beleza com amor falso ou autêntico,
Além daquele homem que amou em ti a alma peregrina
E as tristezas que alteravam o teu rosto;
E curvando-te mais sobre a lareira ao rubro
Murmura, um pouco triste, como o Amor se foi
E caminhou sobre as montanhas bem lá no alto
E escondeu o rosto numa multidão de estrelas.
W. B. Yeats
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2 comentários:
O texto fala, algures de "quando ficares velha".
Ainda te falta muito tempo.
Não me digas que falhei.
Deveria ter-te dado os parabéns, de coração, e falhei?
Não acredito. Tenho que reorganizar a minha agenda.
Um beijinho, Franky
Atrasados, mas aqui deixo os parabéns.
Beijo grande
Marina
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